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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ELÓI FONSECA

 

 

Pesquisador e consultor em engenharia eletrônica e computação. Atuou como professor assistente doutor na Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho" - UNESP, Campus Experimental de Rosana, no curso de Engenharia de Energia de 2016 a agosto de 2019. Atuou como Pesquisador na Fundação Casimiro Montenegro Filho (2015-2016) no Instituto Tecnológico de Aeronáutica. Concluiu programa de Doutorado em Engenharia Eletrônica e Computação (2015) no Instituto Tecnológico de Aeronáutica onde também concluiu programa de Mestrado em Engenharia Eletrônica e Computação Área de Dispositivos Eletrônicos (2007). Concluiu MBA em Gestão Pública pela Universidade da Força Aérea - UNIFA (2012). Graduado em Engenharia Ambiental pela Universidade Federal de São Carlos - UFSCAR (2016), em Tecnologia de Processamento de Dados pela Universidade Estadual de Goiás - UEG (2000) e Tecnologia em Telecomunicações Aeronáuticas pelo Centro de Instrução Especializada da Aeronáutica - CIAAR (2002). Tem experiência na área de Engenharia Elétrica, com ênfase em Circuitos Eletrônicos para aplicações espaciais, engenharia biomédica e projeto de sistemas embarcados. Trabalhou como professor colaborador assistente no Instituto Tecnológico de Aeronáutica, professor adjunto nível 1 da Universidade Paulista e professor adjunto nível 1 na Universidade Anhanguera. Coordenador de projetos de construção de pequenos satélites (IMA e ITASAT), atuou como engenheiro de sistemas da proposta de satélite de monitoramento de clima espacial em projeto conjunto do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Instituto Tecnológico de Aeronáutica e NASA Marshall Space Center, atuou como membro de equipe de pesquisa de sistemas embarcados aplicados a Veículos Aéreos Não Tripulados ( VANTs) e nanosatélites.Trabalhando atualmente em pesquisas com desenvolvimento de sistemas de instrumentação virtual, além de sistemas aplicados a Smart Grids como Smart Meters e sistemas de comunicação de dados em rede.Lider de grupo de pesquisa "Tecnologias aplicadas a Redes de Energia Inteligentes (Smart Grids) - UNESP". e coordenador de execução na UNESP de projeto ANEEL P&D-00061-0054/2016 "Análise da eficiência do armazenamento complementar de energia junto a usinas hidrelétricas, utilizando tecnologias de armazenamento eletroquímico e em hidrogênio." realizada em conjunto com a Companhia Energética de São Paulo (CESP) na UNESP campus de Rosana.

Informações coletadas do Lattes em 28/06/2020

 

eloifonseca@outlook.com 

 

XI COLETÂNEA SÉCULO XXI  Homenagem ao escritor Gilberto Mendonça Teles nos seus 90 anos. Editor Jean Carlos Gomes.  Textos sobre o autor por Anderson Braga Horta, Irany Innocente Telles, Euripedes Leôncio Carneiro, Maria de Fátima Gonçalves Lima, Flávia Souza Lima, Luiz Otávio Oliani, Ricardo Viana Lima, Vicente Melo, Raquel Naveira, Jean Carlos Gomes,  Reynaldo Valinho Alvarez, Rosemary Ferreira de Souza, Rosimeire Soares. Tanussi Cardoso, Vicente Melo, Antonio Miranda, Olga Savary e Alexei Bueno. Volta Redonda, RJ: Gráfica Drumond, 2021.  138 p. 

 

       

        COSMO

Do micro vêm os "H"agas.
Do macro pairam enormes rochas
sobre minha cabeça.
Eu no temporal, mais ou menos cosmo,
sem guarda-chuva, sem galocha,
sem capa-plástica.

 

 O MARGINAL

 Corro pelas marginais dos rios sujos
da Paulicéia de todos rumos
com o pudim de coco no saquinho plástico
e os esqueletos magros de cachorros soltos
da cidade de ferida aberta atrás de mim.

Corro pela São João e a Ipiranga de toda gente
de toda espécie com o pão de mel na mão
de unhas pretas pela fuligem cinza
e os motoqueiros de viseira inútil
das buzinas insanas atrás de mim.

Corro pela Paulista da elegância com o anel de pedra
de mil quilates no bolso direito das calças "jeans"
e a ambulância do instituto de coração na exclusiva
faixa da via pública atrás de mim.

 Corro pelo Minhocão do Padre Péricles com o buquê
no peito dos laços rosas entre as lanternas
vermelho-brancas do subsolo escuro da praça Roosevelt
para lhe dar um beijo na sua boca inchada
mas a polícia de cavalos pardos atrás de mim.

 

 A ESTRELA E A LUA

Deste lado da fonte de água não fria morava
Samara de olho tão grande que mal cabia na cara.

Já do outro lado da fonte que a avenca encobria
cruzava Samir a pinguela bem tosca de bola de meia
para brincar com Soraia de cabelo tão lindo
que a seda do lenço muito mal escondia.

Samir "tá" com nove, Soraia faz oito e Samara tem seis
recolhem gravetos, lama na fonte e as casinhas de barro
na armação de graveto se servem do poço da lata
enterrada no meio das folhas fincadas por eles
e o dedal da vovó no barbante amarrado
brinca de balde no transporte de água.

E numa noite sem nuvem, a estrela sozinha
se pendura na ponta da Lua Crescente
e o clarão amarelo do horizonte sem linha
soçobra o pocinho das casas de lama
e a bola de meia não renasce da cinza.


CIBORGUE

Quatro horas sigo a oeste, não sou argentino
neste momento o sol vermelho sangra as nuvens
jogo o fone na poeira do acostamento
convexo retrovisor a catarse pulula
diamantizado corre o asfalto negro pra trás
o som do vento nas tiras brancas da bandeirola
ficam entre mim e a estrada agora calada
pneus rotos da viagem programada ao acaso
doce, amarga, responsável, insensata
quando a bola da vez das festas, do berço,
da lida o bom ou os mau tempo indicava
de repente a luz cega meus olhos castanhos
da nuvem rosa que cai na linha do ocidente
pequenas crateras na terra batida de pedra
pés inchados nas folhas do campo queimado.
Faz tempo, faz muito tempo, mais de mil anos
sou um ciborgue do sideral ano três mil e trinta.

 

COLETÂNEA VIAGEM PELA ESCRITA. Vol. VII – Homenagem ao poeta Reynaldo Valinho AlvarezOrg. de Jean Carlos Drumond.  Comentários por Álvaro Alves de Faria, Anderson Braga Horta, Antonio Miranda, Antonio Torres, Gilberto Mendonça Teles, José Eduardo Degrazia.  Volta Redonda, RJ: PoetArt Editora, 2020.  
100 p.                                                         Ex. bibl. Antonio Miranda

 

O COLETIVO

A ida à lida de mochila tosca na saída fria
sob as nuvens baixas de um céu escuro.
Do empuxo-tara dos buracos fundos
o moço encoxa no balanço zonzo do coletivo justo.
Por dez horas pérfidas sobre o andaime sujo
lá de cima vê mas não se dá conta do mundo imundo.
Com unhas negras do cimento chumbo
o regresso à casa no ocaso claro do moço exausto
sob um céu rosado no algodão de nuvens.
Os passeios passam sob os pés calçados
num constante enfado das vidraças acesas.
De repente dorme emasculado no ombro alheio
do irritante embalo
Agora em ócio no sofá da cópula por um cansaço obeso
o rostos encosta no peito dela arrotando caldo.
Enquanto o cão na soleira deita roendo o osso.


BANDEIRAS

Não atravesso antes o Atlântico sul
primeiramente pela Eurásia dou voltas
sem trégua em Torre de Babel eu labuto
do rio Eufrates a via me banho depois
vermelho aguado só o suor corre em águas
já que o açoite na alma enferma não sangra.
LIBERDADE – azul é a cor de Paris.
Corto a linha do Equador ao solo sigo a seta
ruço o cílio agora a íris é água-marinha
com o pé e a espora na baía de Todos-os-Santos
me agasalho na pele morena da índia, a Lua
como outrora nos banhos dos rios da Mesopotâmia
ironicamente o poder do rei emana de Deus.
IGUALDADE – banco é a coar da monarquia.
Sem memória da terra retorno à origem
pelos mares do sul em velas infladas da naus
casco de madeira polida abraço aos irmãos
apertado em elos porém de ferro forjado
falta camarote do rei, só amontoados estrados
mais tarde derretidos morros lhes deixo
FRATERNIDADE – vermelho é a cor do povo.

“Post Scriptum”: Casa de Bragança – over se faz hoje cinza.


Agosto 2020.

*

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Página publicada em março de 2022


 


 


 

 

 
 
 
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